
Por DOBSON LOBO
Movimentos antivacinas são uma das ameaças mundiais à saúde em 2019, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde). A lista também conta com as mudanças climáticas, frágil atenção primária, dengue e doenças crônicas não transmissíveis, como diabetes.
Segundo a agência da ONU (Organização das Nações Unidas), a hesitação em vacinar, mesmo com a disponibilidade dos medicamentos, ameaça reverter o progresso alcançado na prevenção de determinadas doenças.
"A vacinação tem um dos melhores custos-benefícios para evitar doenças. Ela previne de 2 a 3 milhões de mortes por ano e mais 1,5 milhão poderia ser evitada com a melhoria da cobertura vacinal", diz a agência.
A OMS afirma ainda que os casos de sarampo, por exemplo, tiveram um aumento de 30% no mundo. Nem todo o crescimento, contudo, pode ser associado ao questionamento às vacinas.
Em 2017, como mostrou a Folha, um em cada quatro municípios do país tiveram cobertura abaixo do ideal em vacinas obrigatórias para bebês e crianças.
AS 10 AMEAÇAS À SAÚDE GLOBAL EM 2019
Poluição do ar e mudanças climáticas
A poluição atmosférica é considerada como o maior risco ambiental para a saúde em 2019
Doenças crônicas não transmissíveis
Diabetes, câncer e doenças do coração são responsáveis por 70% das mortes no mundo
Pandemia mundial de influenza
A OMS monitora a circulação do vírus influenza para detectar possíveis pandemias
Locais frágeis e vulneráveis
22% da população mundial vivem sem acesso a cuidados básicos, por conta de crises e serviços de saúde fracos
Resistência Antimicrobiana
A dificuldade em prevenir infecções pode impactar cirurgias e tratamentos, como a quimioterapia
Ebola
Surtos na República Democrática do Congo mostram os desafios de lidar com esse tipo de situação em áreas urbanas
Atenção primária fraca
Muitos países ainda não contam com atenção primária adequada
Hesitação em vacinar
Atitude pode reverter progressos conquistados em doenças evitáveis com vacinas
Dengue
40% do mundo pode ser afetado pela dengue; há 390 infecções por ano
HIV
Mesmo com os avanços, a epidemia ainda mata cerca de um milhão de pessoas por ano
A agência chama a atenção para as mudanças climáticas e a poluição do ar. Os poluentes danificam os pulmões, coração e cérebro, e matam prematuramente 7 milhões de pessoas por ano —com câncer, derrame e problemas de coração e pulmão—, diz a agência.
Os combustíveis fósseis são a principal causa dessa poluição e do aquecimento global. A OMS afirma que entre 2030 e 2050 espera-se que a mudança climática leve a mais 250 mil mortes por ano.
A dengue entrou na lista de ameaças da OMS. Segundo a agência, cerca de 40% do mundo está em zonas de risco da dengue, que pode, em casos graves, levar à morte.
A atenção primária também é citada pela agência. Por ser o primeiro ponto de contato da população com os serviços de saúde e pela possibilidade de ajudar no tratamento da maior parte dos problemas, a negligência quanto a ela representa risco.
Via: folha
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