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25 de fevereiro de 2019

Senador Americano Marco Rubio diz que Maduro terminará como Gaddafi

Por DOBSON LOBO

Considerado um dos mentores da estratégia do governo dos Estados Unidos para a Venezuela, o senador republicano Marco Rubio disparou uma série de ataques contra Nicolás Maduro no fim de semana. O político, de ascendência cubana, acusou o líder bolivariano de "celebrar como vitória" os incêndios de caminhões com os quais a oposição tentou entrar no país com alimentos e medicamentos no sábado. Pelo Twitter, Rubio comparou o regime de Maduro ao de ditadores que "pareciam invulneráveis e então entraram em colapso", e publicou imagens do antes e depois de déspotas retirados à força do poder. Com as postagens, o congressista sugere que Maduro acabará como o líder Muamar Kadafi.

As declarações de Rubio na rede social antecederam a reunião do Grupo de Lima desta segunda-feira, na qual 14 países do continente discutirão com o autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, os próximos passos para a pressão contra Maduro. O líder opositor pediu que os aliados considerassem "todas as opções" para efetivar a transição de poder no país. Sem detalhar, Rubio disse que a violência do governo venezuelano no sábado "abriu a porta" para ações multilaterais.

"Depois de discussões com vários líderes regionais, agora está claro que os crimes graves cometidos pelo regime de Maduro abriram a porta para várias ações multilaterais em potencial que não estava sobre a mesa há 24 horas", destacou Rubio, ao fim do sábado.

Nesta segunda-feira, o senador americano descreveu que o governo Maduro tem atributos de regimes derrubados à força, como "pequeno círculo de camaradas paranóicos, isolamento da realidade por homens que só dizem 'sim' e detenção do poder dependente de incentivos a forças de segurança para protegê-lo e espionar umas às outras". Rubio não citou que regimes seriam estes, mas deu pistas, durante o fim de semana, ao publicar imagens de ditadores depostos, como Kadafi.

Rubio publicou no domingo fotos do ditador líbio — em uma delas, Kadafi aparece sorridente, em uma cadeira dourada; na outra, é visto ensanguentado, nas mãos de rebeldes que o capturaram e mataram perto de Sirte, em 2011.

No mesmo tom, o senador americano publicou duas imagens do ditador Manuel Noriega, que governou o Panamá entre 1983 e 1989. O líder panamenho havia chegado ao poder por um golpe de Estado, e acabou deposto por uma invasão militar americana. Noriega foi condenado por tráfico de drogas e morreu em 2017, após uma cirurgia para tirar um tumor da cabeça. Nas fotos publicadas por Rubio, ele porta um facão em discurso e depois aparece preso.

Além do líbio e do panamenho, Rubio recordou a ascensão e a queda do clã Ceausescu na Romênia. Publicou uma imagem do ditador Nicolae Ceausescu durante pronunciamento público e uma foto de sua mulher e sócia de poder, Elena, já presa. Os dois comandaram o país de 1965 a 1989, ano em que uma revolução derrubou uma das mais duras ditaduras do Leste Europeu, e acabaram condenados à morte por vários crimes.

Em outras postagens, o senador americano criticou a ação de grupos armados pelo governo venezuelano, acusados de assassinarem pelo menos quatro pessoas na cidade de Santa Elena, perto da fronteira com o Brasil. Outras dezenas de pessoas ficaram feridas a tiros na reação à operação de ajuda no sábado. Rubio escreveu no Twitter que os assassinatos e a queima de caminhões da ajuda — que foi atribuída pela oposição a agentes da Polícia Nacional Bolivariana — farão "o mundo e todos de dentro da Venezuela refletirem sobre o que ocorreu e dar impulso à ação".

"Eles logo perceberão o quão feio perderam a mão hoje", escreveu Rubio na rede social, em tom de ameaça ao governo Maduro.

O senador chegou a denunciar o envenenamento por agentes cubanos do deputado Freddy Superlano, correligionário de Guaidó, e seu assistente e primo, Carlos Salinas, na Colômbia. "Grave situação", destacou o americano. A revista colombiana Semana reportou que os dois entraram em um motel com duas mulheres, que os teriam dopado e roubado pertences. Os dois estavam na Colômbia para organizar a operação de ajuda internacional da oposição, mas precisaram ser hospitalizados. Carlos Salinas morreu.




Via: oglobo

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